sábado, 29 de setembro de 2012

Artigo de opinião

Aluno (a): Karol Ribeiro Beraldo        Série: 2º V01                                              Data: 03/09/2012                                          Professor (a): Valéria Cabral
Categoria: Artigo de opinião                  Tema: “O lugar onde vivo”

Espaço Ambiental: preservar X habitar

No final do século passado iniciaram-se manifestações pela preservação dos sistemas naturais que culminaram na criação de Parques Nacionais, como ocorreu nos Estados Unidos. Décadas depois, a ideia se espalhou pelo mundo e chegou em lugares como no interior do Espírito Santo, Pancas. Famosa pela formação da cadeia montanhosa, a cidade foi considerada pelo paisagista Burle Marx como “a cidade mais bonita do mundo”.
Quem chega à cidade deve se perguntar “por que essas maravilhosas e gigantescas montanhas não fazem parte de um parque ecológico?” Na verdade, elas fazem ao menos no papel. O Parque Nacional dos Pontões Capixabas surgiu a partir de um decreto que visava preservar florestas e as formações rochosas, mas cuja consequência até então foi a de causar uma imensa polêmica entre o poder público e moradores do local.
O artigo 225 da Constituição da República Federativa do Brasil estabelece que “todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sabia qualidade de vida [...]. Apesar de todos terem esse direito, a realidade acaba sendo outra na cidade. O Código florestal defende “que áreas de preservações ambientais devem ser impedidas de qualquer uso”, no entanto, os moradores da região passaram a se organizar e lutar pelo direito de continuarem trabalhando em suas terras e de se manterem no território, pois se o decreto entrar em vigor, cerca de 500 famílias serão obrigadas a sair do lugar. O Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) acompanhou todo o processo e apoiou contribuindo com a organização dos camponeses e ainda conseguiu interromper o cadastro de terras e lavradores, etapa necessária para o Ministério do Meio Ambiente decidir o futuro dessa área de proteção.
Ainda na Constituição Federal, artigo 225, estabelece que “o uso dos recursos naturais nas áreas de proteção ambiental só pode se dar desde que não comprometa a integridade”, e essa é a realidade dos Pontões Capixabas. As famílias não querem prejudicar o meio ambiente, muito pelo contrário, querem apenas ficar em suas terras, cuidando da floresta que ainda restou.
Portanto, qualquer política nacional, regional ou local que se estabeleça deve levar em consideração essa riqueza de experiências dos moradores, investindo e confiando neles. Para que haja consenso entre poder publico e população.

Um comentário:

  1. Em Pancas temos belezas naturais com um potencial para o Ecoturismo fantástico... Lamentável o poder público não investir nessa potencialidade...

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